Angélica Lúcio

Angélica Lúcio é jornalista, com mestrado em Jornalismo pela UFPB e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente, atua na Comunicação Social do HULW-UFPB/Ebserh como jornalista concursada.
Angélica Lúcio

Quais tecnologias podem beneficiar o jornalismo nos próximos cinco anos?

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A empresa Twipe Digital Publishing divulgou, há alguns dias, análise prévia de uma pesquisa feita com editores sobre estratégia de receita de leitores e tendência de tecnologia. Os resultados do estudo farão parte do próximo relatório da série Reinventing Digital Editions.

Companhia que se dedica a oferecer soluções para o mercado de mídia, a Twipe apontou tecnologias e estratégias que podem agregar valor ao jornalismo nos próximos cinco anos. Web analytics, pacotes de s, Inteligência Artificial (IA), aplicativos móveis, e-paper, jogos e aplicativos de áudio estão entre os principais destaques.

Conforme a pesquisa da Twipe, 42,5% dos entrevistados avaliam que as s em pacotes (digital + impresso) ainda terão importância, mas 68,8% acreditam que as s digitais serão o principal fluxo de receita dos veículos no futuro. Alguns veículos já comemoram os resultados.

É o caso do Le Monde, na França, que ultraou recentemente o marco de 400 mil s digitais pagantes. Já nos Estados Unidos, o New York Times continua com números em ascensão e registra 7,1 milhões de s digitais.

De acordo com a Twipe, à medida que as redações se tornam mais digitais, o papel da tecnologia também cresce em importância: 31,2% dos editores ouvidos utilizam alguma tecnologia de IA hoje, mas a tendência é que esse percentual aumente ao longo do tempo. Isso porque 68,6% dos pesquisados consideram que a Inteligência Artificial terá um papel fundamental nos próximos anos.

Enquanto a IA ainda é um grande campo a ser descoberto, as ferramentas de tráfego de dados (analytics) ainda despontam como a tecnologia de maior impacto nas redações. Na batalha por público e , aponta a Twipe, é necessário entender bem os leitores.

Por causa disso, 87,5% dos editores atualmente usam web analytics (ou softwares de análise) nas redações. A análise dos dados pode ajudar as redações e as equipes de negócios a decidir quais histórias funcionam, quais não funcionam e como melhor segmentar e envolver o público.

Aplicativos móveis são fundamentais

Em relação aos aplicativos móveis, a Twipe considera que tais ferramentas são fundamentais. Por isso, tornou-se essencial oferecer aplicativos aos leitores e s, especialmente. A pesquisa mostra, por exemplo, que 57,5% dos editores oferecem atualmente um aplicativo de notícias ao vivo.

Outros tipos de aplicativos também estão surgindo entre os editores pesquisados: 10% responderam que já oferecem aplicativos de quebra-cabeça e jogos separados, e 8,8% oferecem aplicativos de áudio. Essa tendência foi lançada por editoras como The Guardian, com seu aplicativo de quebra-cabeças e jogos, e The New York Times, que registrou crescimento de seu aplicativo de culinária.

Para os editores ouvidos pela Twipe, Analytics, AI e Apps são as tecnologias com maior valor percebido para o crescimento das empresas. Há ainda um longo caminho a percorrer, mas o futuro é promissor nessa área. É aguardar para ver aonde essas inovações tecnológicas vão nos levar.

(Artigo publicado originalmente no jornal A União, edição de 7 de outubro de 2021)
Imagem: Pixabay

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